Dicas de Língua Portuguesa - Orações subordinadas substantivas: objetiva indireta x completiva nominal
- lleticiabstee
- há 12 minutos
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Você já sabe que as orações subordinadas substantivas são aquelas introduzidas, geralmente, por conjunção integrante (“que” ou “se”) e que podem ser substituídas por “isso”. Elas desempenham, em relação à oração principal, as funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e aposto. Duas dessas classificações que comumente são confundidas são as seguintes:
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- as objetivas indiretas (que funcionam como objeto indireto);
- as completivas nominais (que funcionam como complemento nominal).
Isso acontece porque ambas são introduzidas por preposição. Contudo, há uma diferença essencial entre elas: a objetiva indireta complementa VERBOS, enquanto a completiva nominal complementa NOMES (substantivos abstratos, adjetivos ou advérbios). Observe os exemplos:
1) Não gosto de que ajam assim.
- Verbos: “gosto” e “ajam”
- Oração principal: Não gosto
O verbo “gostar” é transitivo indireto, isto é, requer um complemento introduzido por preposição – mais especificamente, rege a preposição “de”. O que falta à estrutura da oração principal é o objeto indireto. Não gosto de quê? Não gosto DISSO. DISSO (de + isso) = de que ajam assim. Assim, essa oração é subordinada substantiva objetiva indireta.
2) Tenho receio de que ela parta.
- Verbos: “Tenho” e “parta”
- Oração principal: Tenho receio
O verbo “ter” é transitivo direto, e seu complemento (objeto direto) é “receio”. Receio de quê? Receio DISSO. DISSO (de + isso) = de que ela parta. Note que essa oração não é exigida pelo verbo da oração principal, pois ele já tem seu complemento, que é um objeto direto. A oração subordinada complementa, na verdade, o substantivo abstrato “receio”, o qual também rege a preposição “de”. Por isso, essa oração é subordinada substantiva completiva nominal.
Veja outros exemplos:
3) Nunca duvide de que você é capaz.
Nunca duvide de quê? Nunca duvide DISSO. DISSO (de + isso) = de que você é capaz. A oração complementa o verbo “duvidar”, que é transitivo indireto – rege a preposição “de”. Portanto, é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta.
4) Nós estamos ansiosos para que chegue o dia do evento.
Nós estamos ansiosos para quê? Nós estamos ansiosos PARA ISSO. PARA ISSO = para que chegue o dia do evento. A oração não complementa o verbo, mas o adjetivo “ansiosos”, que rege a preposição “para”. Logo, é uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
Bons estudos e nos vemos na próxima!